Antônio Bandeira – Homenagem | 2001

Apresentação

ESTRIGAS LANÇA NA MULTIARTE O LIVRO BANDEIRA A PERMANÊNCIA DO PINTOR E APRESENTA EXPOSIÇÃO HOMENAGEM A ANTÔNIO BANDEIRA COM OBRAS DE PINTORES CONTEMPORÂNEOS DO ARTISTA

 

No próximo dia 16 de outubro, às 20 horas, a MULTIARTE estará inaugurando a exposição HOMENAGEM A ANTÔNIO BANDEIRA, compreendendo 26 pinturas e desenhos de artistas cearenses contemporâneos de Antônio Bandeira ( 1922-1967), como: Aldemir Martins, Afonso Bruno, Barrica, Barboza Leite, Chabloz, Mario Baratta, Hermógenes Gomes da Silva, Nice, João Siqueira, Joaquim Arrais, Jonas Mesquita, José Fernandes, Estrigas, Hélio Rôla, Francisco da Silva, R. Kampos, Delfino, Murilo Teixeira, Raimundo Garcia de Araújo e Zenon Barreto. A exposição visa ilustrar o lançamento do livro, Bandeira a Permanência do pintor de autoria do artista e historiador Nilo de Brito Firmeza, o Estrigas. Todas as obras expostas fazem parte do acervo do Museu Firmeza, sendo que, pela primeira vez, é apresentado fora de sua sede um núcleo tão importante.

“A publicação editada pela Imprensa Universitária sob os auspicios do Museu Firmeza, traz coisas inéditas de Bandeira, e preenche algumas lacunas deixadas pelo já escrito sobre ele, inclusive várias incorreções”, comenta Estrigas na apresentação desta exposição.

Geraldo Jesuíno, na breve apresentação sobre o livro, comenta: “… Não é um livro dos que se escreve por escrever e sim daqueles construídos com o próprio sentimento, assumindo o ônus da tristeza do resgate de fatos nos quais foi coadjuvante Interino (graças a Deus) e agradecendo, em cada linha, o bônus de escrever sobre o amigo que já se foi e o pintor que ainda não”.

A mostra permanecerá aberta à visitação pública até o dia 27 de outubro, podendo ser vista de segunda a sexta-feira no horário das 14 às 20 horas, à rua Barbosa de Freitas 1727, Aldeota, Fortaleza, CE. Visitas especiais poderão ser agendadas pelo telefone 261-7724.

Apresentação

O pouco que se conhece da história da arte no Ceará se deve ao conhecimento transmitido através de pequenas publicações de autoria do artista, historiador e crítico nato Nilo de Brito Firmeza, o Estrigas. Autor de inúmeras monografias entre elas Contribuição ao Re-Conhecimento de R. Cela, A Saga do pintor Francisco Domingos da Silva, Barrica o Alquimista da Arte e importantes relatos sobre o as Sociedades Artísticas até o Salão de Abril.

Admirador de seu trabalho a muitos anos, tenho agora a oportunidade de retribuir aos inúmeros ensinamentos, recebendo esta exposição, uma singela homenagem ao artista Antônlo Bandeira (1922-1967), com obras significativas de Importantes pintores cearenses como: Aldemir Martins, Afonso Bruno, Barrica, Barboza Leite, Chabloz, Mario Baratta, Hermogenes Gomes da Silva, Nice, João Siqueira, Joaquim Arrais, Jonas Mesquita, José Fernandes, Estrigas, Hélio Rola, Francisco da Silva, R. Kampos, Delfino, Murilo Teixeira, Raimundo Garcia de Araújo e Zenon Barreto, todos contemporâneos de Bandeira. Todas as obras expostas fazem parte do acervo do Museu Firmeza, que pela primeira vez é apresentada fora de sua sede este núcleo de extrema importância.

Estrigas sempre guarda as boas surpresas para o final. Seguindo a sua tradição, além da exposição já comentada, na ocasião será lançado sua última monografia BANDEIRA a permanência do pintor, um livro honesto e que sem dúvida nenhuma passará a fazer parte da bibliografia de Antônio Bandeira (1922-1967) a partir desta data.

Geraldo Jesuíno na breve apresentação sobre o livro comenta : “… Não é um livro dos que se escreve por escrever e sim daqueles construídos com o próprio sentimento, assumindo o ônus da tristeza do resgate de fatos nos quais foi coadjuvante interino (graças a Deus) e agradecendo, em cada linha, o bônus de escrever sobre o amigo que já se foi e o pintor que ainda não”.

Agradeço ao amigo Estrigas e a Nice a confiança depositada no empréstimo temporário das obras de seu Museu e a escolha da Multiarte para o lançamento da sua mais nova produção editorial.

Max Perlingeiro

Espaço expositivo

Estrigas

A PERMANÊNCIA DE BANDEIRA

O cearense Antônio Bandeira (1922-1967), um dos grandes pintores brasileiros. Com destaque no exterior, percorre, livremente, sua projeção, nacional e internacional, que conquistou com seu valor artístico.

Bandeira deixou, no seu caminho, uma obra altamente distinguida pela crítica e permanentemente disputada pelos apreciadores de arte, colecionadores, museus, galerias, marchands, e está sempre em evidência, com seu nome relembrado e seus trabalhos mostrados, constituindo-se um ponto alto no bom gosto, e na cultura, de quem o possui em sua coleção, galeria, e museu.

O Ceará, que tem grandes vultos de valor na sua história cultural, nem sempre conta com quem os reconheça nesse valor, e no valor que transferem para a sua terra natal, tornando-a mais bem conceituada culturalmente, numa abrangência bem mais ampla, como é o caso de Bandeira que colocou o Ceará na arte Internacional com destaque maior.

Presente em jornais, revistas, catálogos, elogiado onde quer que estivesse, Bandeira ainda não havia figurado em livro, porém, em Fortaleza, ao tempo do Reitor Martins Filho, a Universidade Federal do Ceará adquiriu vinte e oito trabalhos dele e rendeu-lhe uma devida e justa homenagem instalando, no Museu de Arte da Universidade (MAUC), uma Sala Especial Antônio Bandeira, o que engrandeceu o Museu, a Universidade, e o próprio Reitor. Mas, que falta faz o Reitor Martins Filho! O tempo passou e a cultura, em certas áreas, parece que involuiu.

Agora, no fim do século vinte, o MAUC tornou sem efeito a homenagem a Bandeira e desfez sua Sala, relegando ao silêncio de uma reserva técnica o nosso maior pintor de projeção internacional. Aliás, com ele, sofreram o mesmo tratamento, Raimundo Cela (1890-1954) o maior gravador e pintor cearense ativo em toda a primeira metade do século vinte com prêmio maior no Salão de Belas Artes, e, na fobia anticultural, também o não menos renomado Aldemir Martins (1922) com Sala Especial formada por trabalhos doados com a condição da Sala Especial, foi para reserva técnica. Quer dizer, o que nós temos de melhor qualidade artística é colocada fora das vistas de quem visita o local.

Na certa esses nossos artistas são grande demais para a atual pouca cultura oficial do Ceará. Em São Paulo Bandeira mereceu, escrito pela crítica de arte Veras Novis, um livro da melhor qualidade.

Aqui, em Fortaleza, antes do da Vera, deveria ter saído este nosso “Bandeira a Permanência do pintor”, ora sendo lançado após vários anos “prestes a sair” . Um trabalho solicitado, exigido curto, perdido nas encruzilhadas dos caminhos.

Recomposto o trabalho o Museu Firmeza assume o patrocínio da publicação. O livro traz coisas inéditas de Bandeira, e preenche algumas lacunas deixadas pelo Já escrito sobre ele, Inclusive várias incorreções. A falta de reproduções, que lamentamos, ocorreu alheia ao nosso desejo.

Então o livro está aí, dentro das nossas dimensões do possível, mas muito Bandeira. E está bem valorizado pela participação gráfica e texto na orelha que tem a competência do companheiro Geraldo Jesuíno, assim como pelo lançamento no ambiente bem adequado da ótima Galeria Multiarte, com a gentileza e o acolhimento dos melhores de Max Perlingeiro e Bia.

Ao mesmo tempo ocorre uma exposição de trabalhos de artistas contemporâneos de Bandeira como participação dessa homenagem que o livro é, sim, uma homenagem ao nosso pintor como gente e artista.

O autor, Estrigas, agradece a: Geraldo Jesuíno, Rosemberg Cariri, Osvaldo Gutierrez, Adelaide Gonçalves, Gilmar de Carvalho, Bia e Max Perlingeiro.