Galeria Multiarte apresenta
“Pulsação: Sérvulo Esmeraldo inspira a SAU”

Diálogo entre a obra do artista e a estilista Marina Bitu inaugura a temporada de exposições em 2024

Apresentação

Na próxima quinta-feira, dia 18 de janeiro, a Galeria Multiarte inaugura a temporada de atividades do ano 2024 com abertura da exposição “Pulsação: Sérvulo Esmeraldo inspira a SAU“. Expondo um diálogo entre um recorte importante da obra do artista exposta em aclamada retrospectiva nos espaços do CCBB durante o ano de 2023 e a influência do artista no processo criativo que a estilista Marina Bitu levou para o SPFW do mesmo ano.

Para a estreia da SAU no São Paulo Fashion Week, Marina Bitu mergulhou fundo na obra de Sérvulo Esmeraldo, o artista da linha, da luz e do movimento. Apropriando-se da energia vibrante dos quadrados, círculos e triângulos que lastreiam a obra do mestre, a grife cearense presenteou o mundo da moda com a coleção Pulsação.

Presença singular na arte brasileira, Sérvulo Esmeraldo (1929-2017) ressaltou no seu trabalho elementos marcantes do Ceará, como a luz, definidora dos seus sólidos geométricos; e a linha, que fundamenta a sua obra. Linha que ele dizia ter trazido do Crato, do horizonte definido pela Chapada do Araripe, que impregnou o seu olhar de menino. Referências cruzadas na coleção da Sau. Marina Bitu apropria-se com propriedade do pensamento norteador do escultor.

O movimento, outra fonte evidente desse artista que colocou Fortaleza na rota da arte contemporânea internacional, com esculturas monumentais a desafiar a gravidade e a imaginação dos transeuntes, deu leveza e balanço às peças saídas da imaginação criativa da designer. A coluna Pulsação, escultura cinética formada por discos multicoloridos que “dançam e balançam” dispostos em um eixo de cinco metros de altura, localizada sob o Viaduto Reitor Antônio Martins Filho, não por acaso, nomeia a vibrante coleção da Sau.

A originalidade da série Excitável – obra marcante do prolongado período europeu do artista, que unifica a subjetividade da arte com a fisicalidade da eletricidade estática, e que na sua definição, “é como tudo na natureza: fervilhante de vida” – entrou com garbo, sensualidade e refinamento artesanal, como convém à boa moda cearense. Em vestidos, tops e casacos, confeccionados em tecidos leves e bordados com canutilhos, que no balanço do corpo: eletrizam e seduzem.

Esse encontro acontece agora na Multiarte onde apresentamos não somente 25 obras do artista, mas também a coleção da SAU apresentada em São Paulo. Destacamos os Excitáveis da década de 1970, Suíte Catalã, 1972, Onda, 1980 e “Sem título (Cubos)”, 2005, todas obras emblemáticas de Sérvulo Esmeraldo.

SÉRVULO ESMERALDO

Sérvulo Esmeraldo (1929-2017) é uma presença singular na história da arte brasileira. O artista das esculturas monumentais que colocou Fortaleza na rota da arte contemporânea internacional imprimiu ao seu trabalho elementos marcantes do Ceará, como a luz, definidora dos seus sólidos geométricos; e a linha, que fundamenta toda a sua obra. Linha que ele dizia ter trazido do Crato, daquele horizonte definido pela Chapada do Araripe que impregnou o seu olhar de menino.

Iniciado na xilogravura que conheceu nas feiras livres da Região, Sérvulo Esmeraldo, após uma temporada de estudo e vivência artística na Paulicéia dos anos 50, desembarcou em Paris, em 1957, como bolsista do governo francês. Na “Cidade Luz” ele estudou as diversas técnicas da gravura, dedicando-se, sobretudo, à gravura em metal, técnica que o destacou na chamada Escola de Paris. Mas, o artista pesquisador não queria ser gravador em tempo integral.
Com alguns projetos usando imãs e eletroímãs nos anos 60, foi com o trabalho que denominou de Excitável, que ele impactou o cinetismo internacional. A originalidade desta série de quadros e objetos movidos pela eletricidade estática assinalou uma nova etapa na vida do artista.

Investigador por natureza, em paralelo ele incursionava na escultura, com matéria plástica: o acrílico. Com este novo material, estava, no início dos anos 70, dedicado também à série de esculturas nas quais a linha descreve o volume. Até que o Brasil bate à sua porta.
Um convite da galerista Raquel Arnaud, em 1975, para ele expor em São Paulo no Gabinete de Artes Gráficas, galeria que ela mantinha em sociedade com Monica Almeida, abriu-lhe a possibilidade da vinda ao país, que ele não visitava desde 1967. O que vem a seguir é a redescoberta da luz, da vida nos trópicos, a paixão pelas coisas da terra. Comprometido com uma agenda de trabalhos na Europa, Esmeraldo tratou de organizar exposições e trabalhos no Brasil.

As viagens se sucedem. Em 1977, surgem as primeiras encomendas de obras públicas. Até que, em 1978, é inaugurado, na Praia do Náutico, o Monumento ao Interceptor Oceânico, a famosa escultura, com o seu tremendo balanço a desafiar a gravidade e a imaginação da população. O suave encontro do cilindro preto e branco bipartido a balancear em movimento rotacional marcou definitivamente a paisagem e a cidade. Dando ao artista a certeza de que aqui era o seu lugar!

Dodora Guimarães Esmeraldo

OBRAS QUE INTEGRAM A EXPOSIÇÃO

DIVULGAÇÃO

OOTIMISTA

DIÁRIO DO NORDESTE

OPOVO

TAPIS ROUGE

Serviço

A exposição estará aberta ao público a partir de 18 de janeiro até 1º de março de 2024, de segunda a sexta-feira das 10h às 18h. No dia 18, às 19h, Marina Bitu conversa com Dodora Guimarães sobre o processo criativo da estilista.

Pulsação: Sérvulo Esmeraldo inspira a SAU
18 de janeiro até 1º de março de 2024
de segunda a sexta-feira das 10h às 18h
Rua Barbosa de Freitas 1727, Aldeota
Telefone: 85-32617724
Para agendamento de grupos: 99940-0033
[email protected]