A galeria MULTIARTE apresenta a exposição

Leonilson e a Geração 80

A exposição relembra os 30 anos de morte de Leonilson e celebra os 35 anos da Multiarte

Apresentação

O Salão de Abril é um dos mais antigos eventos de arte promovidos até hoje em nosso país: tem início na década de 1940, como iniciativa da Secretaria da Cultura da União Nacional dos Estudantes do Estado do Ceará. Tempos depois, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), que revelou, ao longo dos anos, a importância da arte local, passa a promovê-lo. Por lá, estiveram Antonio Bandeira, Aldemir Martins, Barrica, Jean Pierre Chabloz, Estrigas e Nice, entre muitos outros.

Nas últimas apresentações, trouxe uma inovação – anualmente, homenageia um artista. Nesta 74ª edição, o cearense Leonilson é o grande homenageado.

Para comemorar os 40 anos de realização da histórica exposição do Parque Lage: “Como vai você, Geração 80?” na Escola de Artes Visuais no Rio de Janeiro, lembrar os 30 de morte de Leonilson e celebrar os 35 da Galeria Multiarte em 2023, apresentamos em Fortaleza a partir de 25 de abril, “Leonilson e a Geração 80”, com obras relevantes destes artistas, procedentes de coleções públicas e privadas e do acervo da Sociedade Amigos do Projeto Leonilson.

“A exposição no Parque Lage reuniu 123 artistas de idades e formações distintas. Artistas na sua grande maioria cariocas e paulistas. Se comentava na época que ‘era uma exposição carioca com apêndice paulista’. E uma das grandes revelações foi Leonilson. O artista explorava a figuração, os desenhos e pinturas da primeira fase de sua obra. O humor, a crı́tica social e as suas narrativas do cotidiano são marcas de seu trabalho” palavras de Marcus Lontra curador da mostra no Parque Lage, em 1984.

Da emblemática exposição do Parque Lage, o visitante irá encontrar, além de trabalhos de Leonilson, obras de: Adir Sodré de Souza, Alex Vallauri, Beatriz Milhazes, Chico Cunha, Ciro Cozzolino, Daniel Senise, Fernando Barata, Gervane de Paula, Gonçalo Ivo, Hilton Berredo, Jorge Guinle, Leda Catunda, Luiz Zerbini e Sérgio Romagnolo.

Algumas destas obras estão reproduzidas no catálogo especialmente editado para esta mostra, que traz uma entrevista inédita com Marcus Lontra, recordando este momento fundamental para a arte contemporânea brasileira.

JOSÉ LEONILSON BEZERRA DIAS

Pintor, desenhista e escultor, é considerado um dos principais nomes da arte contemporânea brasileira, e sua obra mostra-se, predominantemente, autobiográfica. Na trajetória do artista, “podem ser destacados três núcleos formativos: na primeira etapa (1983-88), busca uma definição estética por meio do “prazer da pintura”. Em seguida (1989-91), Leonilson encontra um ponto de firmeza no ponto de “abandono” e em sua inclinação para os valores românticos. Nos dois últimos anos de sua vida, a alegoria da doença domina por completo a linguagem.

Os anos de 1989 a 1993 são de intensa produtividade, quando faz uso de costuras e bordados considerados pela crítica especializada e pelos historiadores de arte como suas obras-primas. Em 1991, descobriu ser soropositivo. Precocemente falecido em 1993, com apenas 36 anos, tem tido sua memória preservada pela Sociedade dos Amigos do Projeto Leonilson, fundada em 1995 – um centro de referência da sua vida e sua obra.

Convite da exposição

Notícias sobre a exposição